Pode a cavala ajudar na prevenção de doenças neurodegenerativas?
05 Jan 2021
Os lípidos correspondem a cerca de 50% do peso seco do cérebro humano, dos quais uma parte considerável é ácido docosahexaenóico (DHA). Sabe-se hoje que o DHA tem um papel importante na saúde do cérebro, nomeadamente ao nível da melhoria da capacidade de aprendizagem e da memória.
De facto, níveis reduzidos de DHA têm vindo a ser associados ao declínio cognitivo durante o envelhecimento, levando a crer que este ácido gordo terá um papel importante na prevenção de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer.
Sendo a cavala rica em DHA, o seu consumo contribui para a manutenção dos níveis adequados deste nutriente. Em especial durante o envelhecimento, quando existe uma menor absorção dos nutrientes disponíveis nos alimentos. A cavala contém ainda vitamina B12 e selénio, que são igualmente importantes para a manutenção das células neuronais.
O projeto NewFood4Thought, liderado pelo IPMA e desenvolvido em parceria com o INSA e a Faculdade de Medicina Veterinária, pretende assim, estudar e caraterizar os benefícios do consumo da cavala, com vista à manutenção de uma atividade neuronal sã.
O consumo de peixes ricos em ómega 3, como a cavala, apresenta ainda vantagens ao nível das doenças cardiovasculares. Sabia que, por exemplo, em algumas épocas do ano, a ingestão de 10 g de cavala pode reduzir em 36% o risco de morte por doenças cardiovasculares? Por isso, o consumo de cavala é recomendável como parte de uma alimentação saudável, em especial por se tratar de um peixe de valor acessível, sustentável e de origem nacional.